terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Além do Tempo – o que poderia acontecer mesmo - uma visão espírita por Alexandre Machado

A TV Globo constuma colocar no ar, enredos com viés espírita, mais uma vez explora a temática através da novela Além do Tempo, assistindo a alguns capítulos começei a pensar se toda a trama poderia realmente acontecer.

Além do Tempo - uma visão espírita Kardecista


Cerca de 20 pessoas se reencontram, cem anos depois, vivendo em famílias que mantém uma certa semelhança com o passado. A novidade é que a novela começa no passado, no que parecia ser o século XIX e retoma, após alguns acontecimentos traumáticos, em pleno século XXI, nos dias atuais.
Analisando as mudanças dos personagens, que carregam consigo, algumas características muito semelhantes às que possuíam, na encarnação passada no século XIX. 

Claro que para facilitar o entendimento dos telespectadores, todos os personagens voltam com o mesmo nome que possuíam na encarnação passada. Este detalhe tem muito a ver com o que Allan Kardec propõe no livro – Obras Póstumas – no capítulo “Tribunal das Vidas Futuras”, ou seja, mudamos de uma encarnação a outra por fruto de nossas reflexões no período de erraticidade e pela influência do meio familiar e social da nova encarnação.

Esta questão do nome, evidentemente, é impossível, pois, fico imaginando o Plano Extrafísico, a espiritualidade tentando planejar e influenciar, não apenas os 20 personagens, mas apenas para fazer com que eles tivessem o mesmo nome, teríam também que influenciar ao menos outras 40 pessoas, que seriam os seus pais.

Na trama passada no século XIX, vários personagens que se encontraram na cidade fictícia de Bela Rosa, na serra gaúcha vinham de São Paulo, por diversos motivos profissionais. Já na narrativa do século XXI, os personagens não locais, vem do Rio de Janeiro. Vale a ideia, pois todo o enredo busca mostrar que as encarnações servem para nos ensinar. Na realidade, todo este planejamento até então, à época de Kardec era possível de imaginar, pois um homem ou mulher, na média, durante toda a sua vida, não saía de um raio de 20 km, do ponto em que nascia. Nos dias de hoje, esta transitoriedade aumentou infinitamente. Conseguir reunir, todos os envolvidos nos dramas do passado, ficou muito mais difícil. Outros agentes aleatórios entrariam na vida destas pessoas. A população mundial, neste 100 anos, aumentou em mais de 10 vezes.

Alguns dirão, mas a força de atração espirtual que carregamos todos nós é maior que tudo isto, isso pode ser verdade, mas a reencarnação não está para corrigir ou reparar os erros do passado, mas sim para ajudar a que nós Espíritos melhoremos e para isto, não necessitamos voltar para os mesmos dramas. As multiplas oportunidades que a vida nos proporciona já nos depura naturalmente.
Gostaria de citar um dos princípios da Ciência da Alma – proposta por Jaci Régis: “Justificando o fato da reencarnação ser um processo natural ... “A reencarnação é um processo natural, psíquico-físico. Ocorre automaticamente sempre que se crie um clima vibracional decorrente da fecundação do óvulo no ventre materno.”

Na Ciência da Alma, portanto, Jaci Régis irá dizer que “ nesse novo dicionário de entendimento, não haverá espaço para pecado, nem para a visão dolorosa da vida e reconhecerá que a alma humana caminha, com altos e baixos, para o seu destino de superação, apreensão do conhecimento e desenvolvimento das virtudes, pelo fato de viver, de reciclar, de morrer, viver, reencarnar.

As vicissitudes da alma, expressão de seus conhecimentos e, sobretudo, na expressão de seus sentimentos serão analisadas num amplo sentido de reparação e renovação, no qual o sofrimento vem como resposta e até uma solução, mas de modo algum como ação divina de revanche, vingança ou punição. A questão da culpa será entendida como reação natural da violação dos valores individuais e sociais”.

Portanto a novela serve para provocar a curiosidade das pessoas sobre o espiritismo, sobre a realidade da reencarnação, mas a proposta é praticamente impossível de ocorrer nos dias de hoje. Pelas dificuldades práticas que descrevemos mas também , porque não se faz necessário, evoluiremos e melhoraremos de qualquer maneira, pela melhora de nossa conduta.

Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura de dezembro de 2015

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Generosidade e riqueza são antagônicas? Por Alexandre Cardia Machado

Generosidade e riqueza

Uma primeira olhada no título nos faz pensar que a riqueza é antagônica à generosidade, mas não parece ser este o caso. Podemos recorrer à história para demonstrar a nossa tese, mas não o faremos, vamos usar exemplos recentes de pessoas bem vivas e muito ricas e que tem uma postura generosa.
Citarei Bill Gates o principal acionista da Microsoft e Mark Zuckemberg ainda não tão famoso, mas igualmente bem sucedido através do Facebook, acredita-se que ambos tenham atingido furtunas de  70 e 45 bilhões de dolares respectivamente.

Bill Gates e sua mulher Melinda nos anos 2000 criaram uma Fundação, denominada Bill e Melinda Gates Fundation com foco em finaciar pesquisas contra a AIDS e também outras doenças infecto-contagiosas.

No dia 1° de dezembro de 2015, Mark Zunckenberg e sua esposa Priscilla apresentaram à imprensa sua primeira filha, deram-lhe o nome de Max. Durante a entrevista, surpreenderam o público ao anunciar que ao longo de suas vidas, doarão 99% de suas ações no Facebook, a entidades que desenvolvam trabalhos para o bem do planeta. Com isto esperam serem capazes de ajudar a proporcionar um mundo melhor, não só a sua filha, mas também às gerações futuras.

Bill Gates, junto com outros 28 milhonários criaram outra organização, chamada Breakthrough Energy Coalition voltada a fomentar pesquisas em tecnologias alternativas, capazes de resolver a crise energética e suavizar os efeito da mudança climática. Estima-se que os Gates tenham doado a diversas organizações não governamentais cerca de 30 bilhões de dolares, desde o anos 2000.

Por que eles fazem isto? Bill Gates é agnóstico, portanto não o faz por seguir uma ideologia religiosa, já Zuckemberg é judeu, toalvez possa vir desta religião a motivação maior para a decisão tomada. Acontece que existe quase que uma cobrança, nos Estados Unidos para que as famílias ricas sejam benfeitorias, elas pagam por alas hospitalares, por centros comunitários e iniciativas desta natureza, este modelo vem sendo repetido por celebridades, podemos citar Shakira e até o brasileiro Neymar que tem um grande projeto em Praia Grande em São Paulo.

Os 1% dos 45 bilhões de dólares que sobrarão das doações dos Zuckemberg são 450 milhões de dólares, é muito mais dinheiro que qualquer pessoa ou família possa gastar. É mais do que suficiente para realizar todos os desejos possíveis. Mas não é este o ponto que queremos salientar, o importante aqui é algo maior, é a capacidade de abrir mão do dinheiro ganho em seus negócios e retorná-los, fundeando boas ideias ou iniciativas que ajudem a sociedade.

 É mais que caridade é benemerência.

Do Livro dos Espíritos, nas questões 882 e 883 extraio estes textos que permanecem atuais, quase que escritos em linguagem universal.

Comentário à questão 882:  ... “O que, por meio do trabalho honesto, o que o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.” Ou seja, é seu por direito e deve defendê-lo e usá-lo como melhor lhe interessar. Mas na questão seguinte os Espíritos complementam :

“Questão 883. É natural o desejo de possuir?

“Sim, mas quando o homem deseja possuir para si somente e para sua satisfação pessoal, o que há é egoísmo.”
a)      — Não será, entretanto, legítimo o desejo de possuir, uma vez que aquele que tem de que viver a ninguém é pesado? “Há homens insaciáveis, que acumulam bens sem utilidade para ninguém, ou apenas para saciar suas paixões. Julgas que Deus vê isso com bons olhos? Aquele que, ao contrário, junta pelo trabalho, tendo em vista socorrer os seus semelhantes, pratica a lei de amor e caridade, e Deus abençoa o seu trabalho.”

Isto nos leva a concluir que no contexto do Livro dos Espíritos, Bill Gates e Mark Zuckenberg são vistos com muito bons olhos por Deus e claro, por todos nós.

Se faz evidente que todas estas pessoas  citadas o fazem por terem adquirido uma certa maturidade, ou por possuírem uma boa acessoria que lhes ajuda a pensar melhor. Nos dias de hoje, uma boa imagem vale muito, pois o marketing é uma ferramenta que pode proporcionar reconhecimento e respeito. Talvez o que afinal, todos buscam.

Que outros sigam o mesmo exemplo, isto o mudaria o mundo para melhor. Nos Estados Unidos e Europa as deduções do Imposto de Renda por doações a fundações abarcam um expectro muito maior de possibilidades que aqui no Brasil onde, praticamente, só há dedução se for associada à lei de Incentivo à Cultura, este certamente é um estímulo a mais aos benfeitores de lá. Mas só isto não basta, há que querer dar o que é seu  para socorrer os seus semelhantes e aí é que a coisa pega.


Nossa admiração aos que possuem estas virtudes.

NR: Artigo originalmente publicado no Jornal Abertura - Dezembro de 2015.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Uma opção pela Ciência Espírita - uma experiência nos anos 80 e 90 do século XX - por Alexandre Machado

Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozzano

Um grupo de cinco jóvens, composto por Marcelo Régis , Reinaldo di Lucia, Alexandre Cardia  Machado, Vladimir Grijó todos engenheiros, e Ademar Arthur Chioro dos Reis médico, pertencentes a Mocidade Espírita estudantes da Verdade, do Centro Espírita Allan Kardec de Santos, ansiando por novos meios de estudo, resolveram se unir em julho de 1986.

Decidiram pela formação de um grupo com caráter científico, sem vínculos diretos com nenhuma instituição, para que pudessem pesquisar a fundo qualquer assunto sem as amarras da satisfação e dos por quês.

Durante os 10 anos em que o grupo permanesceu ativo, pesquisaram fotos Kirlian, inclusive construíndo uma máquina modelo Pirilampo ( Hernani Guimarães de Andrade ) que havia sido publicada no Jornal Folha Espírita de São Paulo. Pesquisaram o médium de cura Bernardino de Vita Júnior, mas principalmente dedicaram-se 5 anos à pesquisa com gravações e transcrições de reuniões mediúnicas, aplicando o Método de Kardec de estudo, preparação de questões e inquerindo os espíritos.


Apresentaram baseados neste estudos, ao todo 11 trabalhos, nas edições II SBPE, III SBPE e IV SBPE. Os mesmos foram apresentados por Ademar dos Reis (1), Alexandre Machado (3) ,Gisela Régis (1) que se incorporou ao grupo em 1991, Marcelo Régis(3) e Reinaldo di Lucia (3).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Comunismo - Uma experiência macabra do século XX - uma análise Espírita - por Roberto Rufo



“Comunismo é uma religião igualzinha às outras. Pra quem acredita, não precisa explicação. Pra quem não acredita, não adianta explicação“ Millôr Fernandes 
“ Precisamos odiar. O ódio é a base do comunismo. As crianças devem ser ensinadas a odiar seus pais se eles não são comunistas“ Lênin


Daqui há dois anos, ou seja, em 2017, mais especificamente em outubro fará 100 anos da instalação do primeiro regime comunista baseado na doutrina do pensador alemão Karl Marx. Na Rússia de Lênin e seus partidários bolcheviques foi estabelecida a famigerada “ditadura do proletariado“. Na verdade foi o primeiro sistema econômico a desafiar o capitalismo. A tal ditadura citada foi implementada a custo de milhões de vítimas entre seus opositores. Esse regime sucedia a outro regime muito corrupto e despótico dominado pelos czares. Stalin, que sucedeu a Lênin, não mediu esforços para exportar a ideologia mundo afora, chegando num determinado momento do século XX a contaminar um terço do planeta.    
      
O seu ideal de igualdade, temos que admitir, era apaixonante, a tal ponto que um grande número de intelectuais da época se entregaram de corpo e alma em sua defesa. Sempre digo que o problema dos intelectuais não é no atacado, onde geralmente são muito úteis; trata-se do varejo, onde tomam posições muitas vezes delirantes. Martin Heidegger, Céline, Ezra Pound, Le Corbisier abraçaram o fascismo e ou o nazismo com muita satisfação. Até mesmo um intelectual do porte de Noam Chomsky, que admiro pelas críticas pertinentes que faz ao comportamento indecente dos EUA em suas guerras estúpidas, não se sentiu nem um pouco constrangido em elogiar o regime do Kmer Vermelho no Camboja. Hoje alega não ter conhecimento prévio do número de assassinatos cometidos pelo ditador Pol Pot. Não acredito nessa desculpa insustentável,  pois repito, os intelectuais no varejo costumam ser um grande desastre.

Quanto ao Manifesto Comunista de 1848,  Allan Kardec, nos poucos comentários que fez sobre o assunto,   enxergou nele o perigo do coletivismo ante a necessidade da evolução espiritual de cada espírito em particular.   O ideal socialista não estava preocupado com esse assunto, pois se preconizava ateu. Fosse o Espiritismo uma doutrina consolidada plenamente em 1917 quando eclode a revolução comunista na Rússia, teria necessariamente que se opor ao controle absoluto de todos os aspectos da vida individual e coletiva pelo Estado. O livre-arbítrio estaria correndo riscos, como acabou se comprovando com a sustentação pela força dos regimes do Leste Europeu. Essa ideologia se espalhou pela China com Mao Tsé-Tung instaurando um regime sustentado por um grande terror político.



 Foto de Roberto Rufo no XIX SBPE em Santos - SP

Tive um colega pertencente ao PCdoB, que ao contra argumentar os números por mim apresentados de vítimas da coletivização forçada na União Soviética (cerca de 20 milhões de pessoas), dizia serem “apenas“  4 milhões, ou seja, julgava ele ser este um número aceitável de vítimas. É risível.  Convivi muitos anos com um tio comunista, irmão do meu pai, que colocado diante de qualquer argumento do gênero, se saía com aquela famosa frase que não serve pra nada: “o seu discurso é de pequeno burguês“. Sabe-se lá o que quer dizer isso.

Ou quando o pensador Luckácz apresentado ao existencialismo de Albert Camus afirmou: “essa corrente filosófica está a serviço da ideologia capitalista“. Eles se julgavam os donos do modus operandi da  história. Eu sempre considerei um grande embuste que exista uma razão histórica, ou um determinismo espiritual que fará com que as coisas aconteçam independentes da nossa vontade.
Vejo hoje que existiram na história da humanidade dois grandes sonhadores em se tratando de como deva ser o comportamento ideal das pessoas numa sociedade. São eles Jesus e Karl Marx. O problema maior não são os sonhadores e sim seus discípulos e seguidores, que não são sonhadores. Como diz um personagem do último livro de Amós Oz – Judas - os discípulos e seguidores são ávidos de poder e autoridade. Que o digam os que quiseram implantar o cristianismo à força e os cúmplices que julgavam ser o comunismo uma doutrina científica infalível. Os discípulos e seguidores se transformaram em derramadores de sangue.

Uns diziam falar em nome de Deus. E quem é que pode ser contra Deus? Outros diziam falar em nome do povo. E quem é que pode ser contra o povo? O Espiritismo apresenta uma serenidade no trato das coisas humanas muito peculiar e profundamente humanista, o que o diferencia sobremaneira de qualquer corrente ideológica onde o ser humano é desprezível diante de um futuro radiante no paraíso ou para a coletividade.

Concluo que hoje, como regime político, a ideologia comunista é um defunto a ser enterrado pela história. Ou numa frase bem humorada do meu guru Millôr Fernandes: “a diferença entre o capitalismo selvagem e o comunismo, é que um é a exploração do homem pelo homem e o outro é o contrário“.

NR - Publicado originalmente no Jornal Abertura de Setembro de 2015
                                                                                                                                                                    


domingo, 6 de dezembro de 2015

Sobre a pluralidade dos mundos habitados – alguns passos importantes dado pela humanidade - por Alexandre Machado

O mês de Julho foi particularmente interessantes para aqueles que gostam de astronomia, e em especial à aqueles que acreditam que a vida possa existir no Universo.
Pela primeira vez, um veículo construído pelo ser humano, pode finalmente visitar o atual Planeta Anão – Plutão.



Esta viagem a Plutão, feita pela nave New Horizon ( Novo Horizonte) começou, pelo seu lançamento ao espaço, do cabo Canaveral, na Flórida, impulsionada por um fogete Atlas V, o mais potente constuído até hoje. Na época do lançamente em 2006, Plutão ainda não havia sido rebaixado a planeta anão. Era portanto uma viagem ao planeta mais longínquo. 11 anos depois, após passar por Jupiter e ganhar um impulso gravitacional, New Horizon passou, no dia 15 de julho muito perto de seu alvo.

Como curiosidade Plutão foi o primeiro “planeta” descoberto à partir de cálculos feitos, considerando a órbita estranha que apresentavam Neturo e Urano, uma caça ao planeta foi então desencadeada, até que em 1930 um americano de sobrenome Tombaugh, que havia passado algumas noites fotografando um ponto específico de céu, conseguiu encontrá-lo. A previsão científica de sua existência foi confirmada.



O que se comenta, nos meios científicos é que a Nasa completou seu album de fotografias planetário, pois enviou sondas a todos os planetas e agora a Plutão.

Plutão já se sabia, é um lugar inóspito, o Sol visto de lá é apenas um ponto vermelho, Plutão está 40 vezes mais longe do Sol do que a Terra está. A sua superfície na melhor das hipóteses terá uma temperatura de 250°C negativos, lá o gás nitrogênio, o mais abundante em nossa atmosfera, fica em estado líquido. Seu diametro é menor do que a nossa Lua.

Não é possível que haja vida como conhecemos neste planeta anão. Voltamos portanto a propor que a pluralidade dos mundos habitados,tenha o seguinte enunciado: Pelo tamanho do Universo é provável que haja vida fora da Terra, mas não há vida em todos os planetas. Por isto valorizemos ao máximo a oportunidade que temos de viver neste planeta.




Para abrir mais a sua mente:  Revista National Geograph – Julho de 2015 – edição americana – artigo “ Destino Plutão.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A importância do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita - adaptação de textos de Jaci Régis

Ciência da alma

A importância do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita

Consolidaremos  o discurso de abertura do I Simpósio Nacional do Pensamento Espírta em 1989 e alguns artigos de Jaci Régis de 1993, após a realização do III Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, momento que ficava claro que os “laicos” o “Grupo  de Santos” poderia ser isolado do movimento majoritário espírita, mas jamais seria calado, não eramos mais um bando isolado. Havíamos criado um forte vínculo agregando Centros Espíritas que foram pouco a pouco aderindo à CEPA – Conferederação Espírita Panamericana. Somos um grupo forte.



Em 1989, Jaci Régis convidou dezenas de expositores, para apresentarem suas ideias a favor ou contra ao Espiritismo à Brasileira – religioso. Poucos foram os que aceitaram o debate, vieram mesmo aqueles mais afinizados com o espiritismo filosófico, livre-pensador.

Na abertura assim se referiu Jaci “  ... eu espero que no futuro nós possamos organizar outroseventos, para reunir trabalhos originais com 200 pessoas para ouvir pessoas pessoas que estejam pensando num Espiritismo dentro da Cultura,e não, do Espiritismo dentro dos centros espíritas, como uma seita apenas. Aqueles que pensarem como uma seita que venham aqui apresentar os seus argumentos. Gostaria que criássemos um espaço para aquelas pessoas que gostam de estudar, de investigar e cruzar os conhecimentos espíritas com a cultura. Que tivéssemos um ponto de referência, que eles reunissem as suas forças o seu  investigar, para que daqui a um ano, dois anos, sabendo que terão um espaço para apresentar a sua investigação, a sua contribuição. Porque nós pensamos que o Espiritismo é elaborado pelos homens, não como alguns pensam que é elaborado pelos Espíritos.
Como o Espiritismo é elaborado pelos homens, nós esperamos que homens e mulheres que estejam dispostos a investigar, a trazer a sua contribuição para que o Espiritismo, quem sabe, atinja aquele ideal que todos tem no coração. Para ser a grande Doutrina do Século XXI pela contribuição de ideias, poque o mundo gira em torna de ideias e somente as ideias é que mudam o rumo da históri.”
Passamos de Grupo de Santos para um grupo maior, junto com companheiros do Brasil, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, principalmente.

Em 1993, realizamos o terceiro SBPE, o segundo  com trabalhos escritos e defendidos por seus autores, ao todo 13 trabalhos, na avaliação dos participantes, o Simpósio atingiu  56% ótimo e 40% bom. Ou seja o III SBPE consolidava um novo caminho.

Jaci Régis assim se referiu num artigo, publicado no Jornal Abertura,  denominado  - Progresso e modernidade em outubro de 1993: “ A inserção da modernidade é um processo revolucionário e não simples acomodação de palavras. Vemos o Espiritismo aprisionado às posições moralistas do cristianismo, que desfigurou o sentido natural da mensagem de Jesus de Nazaré, por injunções que todos conhecem. Falta-lhe  aceitar as necessidades do progresso e da modernidade.

Mas ele quer ser uma revelação espiritual, quer ouvir os mortos e deixá-los dirigir os vivos, como se eles, na maioria, não passassem de homens de homens comuns, aprisionados ainda a visões estreitas e pessoais. Desse modo, o Espiritismo não chegará a lugar a lugar nenhum e será penalizado com a repetição de verdades que envelhecem.”  

Jaci Régis, viu se sonho acontecer, participou ativamente de doze edições do SBPE, assistiu homens e mulheres apresentarem mais de 140 trabalhos que seguiram a sua ideia, que contribuíram e que seguem contribuindo, nas 3 edições que ocorreram após o seu desencarne.


Autores com mais trabalhos – entre  95 apresentadores nas 14 edições do SBPE

      Alexandre Machado - ---------------------------------- à 14
      Reinaldo di Lucia    ------------------------------------ à 12
      Eugenio Lara  ------------------------------------------- à 12
      Jaci Régis  -- -------------------------------------------- à 11
      Ademar Arthur C. Reis ------------------------------- à   9
      Ricardo Nunes -----------------------------------------  à  8
      Wilson Garcia, Marcelo Régis e Mauro Spinola ---à  7
      Marcelo Henrique, Alcione Moreno e Ciro Pirondià   6
      Raul Dubrich  -------------------------------------------à   5

Publicado no Jornal Abertura edição de novembro de 2015


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Não ao ódio


Antoine Leiris, francês que perdeu a esposa no atentado de Paris dia 14/11 escreve carta para terroristas e comove o mundo!


“Vocês não terão o meu ódio.


Na noite de sexta-feira vocês acabaram com a vida de um ser excepcional, o amor da minha vida, a mãe do meu filho, mas vocês não terão o meu ódio. Eu não sei quem são e não quero sabê-lo, são almas mortas. Se esse Deus pelo qual vocês matam cegamente nos fez à sua imagem, cada bala no corpo da minha mulher terá sido uma ferida no seu coração.Por isso, eu não vos darei esse presente de vos odiar. Vocês procuraram por isso, mas responder ao ódio com a cólera seria ceder à mesma ignorância que fez vocês serem quem são. Querem que eu tenha medo, que olhe para os meus conterrâneos com um olhar desconfiado, que eu sacrifique a minha liberdade pela segurança. Perderam. Continuamos a jogar da mesma maneira.


Eu a vi esta manhã. Finalmente, depois de noites e dias de espera. Ela ainda estava tão bela como quando partiu na noite de sexta-feira, tão bela como quando me apaixonei perdidamente por ela há mais de doze anos. Claro que estou devastado pela dor, concedo-vos esta pequena vitória, mas será de curta duração. Eu sei que ela vai nos acompanhar a cada dia e que nos vamos reencontrar no países das almas livres a que vocês nunca terão acesso.


Nós somos dois, eu e o meu filho, mas somos mais fortes do que todos os exércitos do mundo. Eu não tenho mais tempo a dar para vocês, eu quero juntar-me a Melvil que acorda de seu cochilo. Ele só tem 17 meses, vai comer como todos os dias, depois vamos brincar como fazemos todos os dias e durante toda a sua vida este rapaz vai fazer a vocês a afronta de ser feliz e livre. Porque não, vocês nunca terão o seu ódio”.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

XIV SBPE Sucesso Mais Uma Vez!

 14° SBPE - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita aconteceu entre 30 de outubro e 1° de novembro de 2015 em Santos -SP

Vejam abaixo uma rápida retrospectiva destes 26 anos de história!


Mais de 100 pessoas acolheram o nosso convite, inscrevendo-se no SBPE, Uma verdadeira festa de cultura Kardecista.

Apresentação do vídeo 26 anos da nossa história

Vejam  fotos da abertura do evento

Alexandre Machado abrindo as atividades

Raúl Drubich de Rafaela Argentina apresentou, seu novo livro -  “La brújula espiritual: mediumnidad y desarrollo de conciencia”



Cláudia Régis Machado e Roberto Rufo apresentaram o trabalho do ICKS que foi uma exposição com o tema -  SBPE 26 anos abrindo espaço para novas ideias.





Dante Lopez,da Argentina e Presidente da Confederação Espírita Panamericana esteve presente prestigiando o  evento e aproveitou para divulgar o XXII Congresso Panamericano da CEPA que se realizará em Rosario na Argentina de 25 a 28 de maio de 2016. houve um grande número de adesões ao evento.

Durante todo o evento  houve uma exposição permanente composta de um filme, duas exposições em painéis e uma escultura. 

O ICKS através de vídeo  e  fotografias fez um documentário com os seguinte títulos “26 anos da nossa história” Um levantamento estatístico através da linha do tempo – “ 26 anos consolidando  o movimento laico e livre pensador” -  onde vamos situar o simpósio com os acontecimentos no Brasil e no mundo em cada ano. 

A escultura – “ 26 anos construíndo o DNA do espiritismo livre pensador” - representando o total de páginas estimada dos trabalhos do SBPE em formato de hélice, onde cada caixa de arquivo representa um dos Simpósios Brasileiros do Pensamento Espírita.. 

Banners -  “ 26 anos de contribuiçoes representativas” - com depoimento de alguns autores dos trabalhos escolhidos. Além de depoimento de grupos que são parceiros dos simpósios (CEPA, CEPABrasil e CPDOC).


Uma surpresa organizada pelo ICKS foi a presença de um Saxofonista que por 2 horas abrilhantou o coquetel de celebração do evento.

Fim do primeiro 

Segundo dia - sábado 31 de outubro

Primeira palestra: Evolução do conceito de caridade, ao longo do tempo, entre o Império Romano e os dias atuais   - José Carlos de Souza 

José Carlos de Souza

A segunda palestra foi proferida por Alexandre Cardia Machado, presidente do ICKS - Pluralidade dos Mundos Habitados – Uma Análise do livro de Cammille Flammarion.

Alexandre Cardia Machado

Ciro Pirondi apresentou uma abordagem postulando a integração da arte no cotidiano, não como uma complemento, mas sim como um dos componentes importantes da vida do homo sapiens - A Poética das Vidas Itinerantes.

Ciro Pirondi no XIV SBPE

Ensaio sobre a Evolução e o Espiritismo – De Lamarck a Capra foi a apresentação de Alcione Moreno, buscando uma abordagem da evolução sistemica.

Alcione Moreno

Os sentidos do bom senso no espiritismo - apresentado por Eugenio Lara


Eugenio Lara

O Espiritismo e a (in)tolerância no processo de globalização 


Jaílson Mendonça

Direito moderno e sua interação com o espiritismo - Análise à luz do pensamento de Miguel Reale - por Jacira Jacinto
Jacira Jacinto

O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO - A árdua busca de um conceito espírita de Deus descolado da teologia cristã - Milton Medran


Milton Medran

Maioridade Penal, uma reflexão espirita - por Marcelo Régis


Marcelo Régis

Deus, espírito e matéria: uma rediscussão espírita  - Mauro Spínola


Mauro Spínola

O Espiritismo ante a crise metafísica ocidental  - Ricardo Nunes
Ricardo Nunes

A última atividade do segundo dia foi a Assembléia Geral da CEPA-Brasil, onde a atual diretoria foi reconduzida, por mais 2 anos.

Fim do segundo dia, 

O SAGRADO NO ESPIRITISMO: uma contribuição para um início de debate - Reinaldo di Lucia

Reinaldo di Lucia

Livre Arbítrio, volição e determinismo no pensamento Kardecista - Eugenio Lara

Eugenio Lara

Encerramento - Coordenado por Roberto Rufo que à partir de 1° de Janeiro presidirá o ICKS


Fizeram uso da palavra, em nome da platéia Homero Ward - Presidente da CEPA-Brasil, Marcelo Coimbra Régis, Mauro Spinola e Alcione Moreno


Homero Ward


Marcelo Régis


Mauro Spínola




Alcione Moreno - de azul

Como sempre, na nossa tradição, a Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda oferece peças de artesanato à venda

 
Bazar do Lar Veneranda

A convivência harmoniosa e carinhosa a melhor marca do SBPE




Abraços a todos e até o XV SBPE