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sexta-feira, 15 de maio de 2015

                 RESPEITO                                            
                            por Nilson Luis Fernandes
                   
                     Por definição do vocábulo português, um substantivo cujo significado refere-se ao ato ou efeito de respeitar ou respeitar-se. 
                    Obviamente, é muito mais do que se tentar traduzi-lo. Inicia-se, aqui,  pensando ser um dos pilares do convívio social, onde seres racionais tentam, ao longo de séculos, honrar e fazerem-se honrados, os mais importantes valores de suas vidas.
                    O conceito de respeito é muito mais amplo do que sua léxica, pois atribui prover o arbítrio a cada cidadão e instituição, posto ser o entendimento e a compreensão, as bases do mesmo. 
Talvez, para refletirmos um pouco mais sobre “respeito”, devemos pensar no desrespeito, que tem fundamentado o curso da história humana, através de exemplos como escravidão, guerra, racismo, agressão, preconceito, abuso de poder, entre tantos outros.
                    O respeito presume ouvir, compreender, interpretar e argumentar. Provavelmente, seja um valor tão superado, nos dias de hoje, em função da ausência de qualquer de um desses quatro sustentáculos. 
                    Fundamental é que o respeito inicia-se no seio da família, através de carinho, amor incondicional, muito diálogo e, sobretudo, o inquestionável valor entre certo e errado. Atualmente, vivemos um momento de dúvidas entre eles. A mídia, a sociedade, a polícia, as redes sociais, os governos, a política, entre outros órgãos, temem enfrentar o que deve ser feito. Qual motivo? Talvez façamos uma conclusão ao final desse texto. O ser humano, nunca nasceu perfeito, precisa lapidar-se.  Aí, complementa-se o mister da escola. 
                    Aí, reside outro problema. Qual é o papel da escola hoje? Professores sem o dom? Pensando nos proventos e nos planos de aposentadoria? Torna-se sem usufruto, portanto, falarmos sobre esse assunto nesse contexto. Hoje, infelizmente, essas questões são políticas. Que pena! E onde estaria a origem desse efeito sem causa?
                    Vamos até outras sociedades, que deram e estão dando certo. Alemanha? Muito provavelmente. Noruega, Holanda, Suécia, Suíça, entre outras. O que deu certo? A simples receita de dar valor à família, as instituições e, principalmente, à educação. O caminho é longo, mas muito mais curto do que possamos imaginar.  
                    Vamos até a origem. Respeitar e fazer respeitar-se. As crianças e adolescentes estão se respeitando?   Acredito ser outro ponto para debate. Não se pode acreditar que a tecnologia atual, que complacentemente aceitamos, esteja ajudando. Quando conseguimos juntar nossos entes queridos na mesa para um jantar? Cada um estará ocupado com seus tablets, smarphones ou quaisquer outros dispositivos, que os permitam estar alienados a valores que a família, eventualmente, queira discutir.    
                    Temos que entender que os tempos são outros. Lembro-me, há tempos atrás, ter perguntado a meu pai, qual seria o motivo que fundamentaria os EUA estarem em guerra com o Vietnã. Para meu pasmo, nos meus 15 anos de idade, esperando toda a consistência de sua resposta  ele, simplesmente disse: filho, não sei.  Claro que não poderia saber, pois não há explicação para o inexplicável Há, sim, explicação para a falta de respeito. Houve, conforme estávamos dialogando, questões entre o capitalismo e o comunismo, alvos de interesses entre as grandes potências na época. Mas não importa, pois o que ficou patente foi que a falta total de respeito mútuo entre valores deflagrou uma das grandes catástrofes da história humana. Entre tantas outras...
                    Quando, no entanto, nós tratávamos de valores de família, como respeito aos mais experientes, aos que eram socialmente menos ou mais afortunados, àqueles que eram de outra etnia, entre outras questões, ele sempre soube impor valores de respeito àquilo que realmente dão sentido ao processo de reflexão do que é respeito.
                    Não obstante, a escola fazia ecoar o que se discutia no lar. Não havia discrepância: hino nacional antes de entrarmos para as salas, aulas de Moral e Cívica, matérias técnicas com muita profundidade, e história do Brasil, como se fosse um momento para orgulho de quem se é e sempre o será.   Cidadãos honestos, honrados e com objetivos! Tudo muito coerente!
                    Houve quebra, por um motivo ou outro, desse fundamental elo entre os discursos entre família e escola e, nesse momento, deixou-se de respeitar o preceito de que as relações entre pessoas e instituições fossem uníssonas. Não há receita de bolo para respeito ou desrespeito. Há, sim, um processo longo de interação entre família e escola, formador de filhos de um país em cidadãos respeitosos a si mesmos e seus concidadãos.  
                   Talvez, uma reflexão a ser feita por todos, seja sobre a antítese do que respeito significa. Pode-se pensar como sendo o egoísmo, cuja base se fundamenta em “passar por cima dos valores de todos, para benefício próprio”. Vamos refletir sobre isso na próxima vez?


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Rolezinho - por Gisela Régis

ROLEZINHO....A reportagem "Eu não quero ir no seu shopping" (Veja - 22 de janeiro") suscitou comentário de um leitor que achei muito pertinente e o qual reproduzo aqui: "A reportagem me chamou a atenção por revelar detalhes que vão além do preconceito ou da desigualdade social, como pregam os simpatizantes de causas sociais. Por trás de cada rolezinho estão pais sem autoridade, que abrem mão de seus pequenos salários, conquistados com trabalho árduo e dignidade, para alimentar os desejos consumistas de seus filhos, jovens que creem cegamente que roupas e acessórios absurdamente caros ditam o caráter e os valores de um individuo. São pais que não sabem dizer não e que, por inúmeros motivos, não conseguiram ensinar valores como respeito e dignidade a seus filhos. Os rolezinhos servem para esfregar na cara da sociedade que a defasagem da educação no Brasil não somente é um mal que acomete as escolas como denuncia que elas devem ser repensadas desde o nascimento pelos pais. Infelizmente a sociedade e o governo populista que só quer angariar votos enxergam no fenômeno somente o preconceito e a desigualdade social, fazendo a maioria pensar que a culpa de os rolezinhos existirem é da suposta classe média consumista e ostentadora que trabalha para sustentar os governantes e seus projetos pseudossociais." - Stefanie Veras de Oliveira

LIVRO DOS ESPIRITOS - Da Lei do Progresso - capitulo VIII
Pergunta 785. Qual o maior obstáculo ao progresso?
"O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. A primeira vista, parece mesmo que o progresso  intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição  e o gosto das riquezas....Curta, porem, é a duração desse estado de coisas, que mudará a proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura."
E você? qual a sua opinião sobre esse assunto?

terça-feira, 14 de abril de 2009

A PERPLEXIDADE DIANTE DOS FATOS
Jaci Regis

O panorama social do mundo neste século vinte e um é extremamente confuso, dinâmico, rico e pobre, violento e promissor.
Entretanto, é impossível ficar passivo diante da sucessão dos fatos.
Fatos que se modificam constantemente, que mudam cenários de um dia para a outro.
Isso tem provocado profunda preocupação nos religiosos em geral.
Um espírita escreveu que não fosse a reencarnação, deixaria praticamente de acreditar em Deus, tal a impressão de abandono e impassividade da divindade diante dos fatos.
Para ele, encontrar a culpa nas pessoas, relativamente ao passado, alivia a impassividade divina.
O exame é falho porque a reencarnação não é um instrumento de punição moral, nem o Universo se assenta na perspectiva do pecado e do castigo.
Vemos o papa católico, vestido à moda da Idade Média falando a multidões e à mídia, com idéia da Idade Média, sem que suas palavras causem efeito.
Da mesma forma os evangélicos, principalmente os pentecostais, arregimentam multidões, em shows de fé e arrecadação, mobilizando recursos da mídia eletrônica, sem que se veja qualquer atitude positiva na mudança das coisas, na modificação do ambiente.
N a verdade quem tumultua e muda é o materialismo que é genericamente apontado como o culpado de tudo.
É preciso, porém, definir esse materialismo.
Não se trata de um esquema filosófico, nem uma opção consistente. Esse materialismo representa a insatisfação generalizada, s subversão comportamental relativamente aos parâmetros que se instituíram na sociedade cristã. Talvez seja mais apropriado chama-lo de comportamento oportunista. Como ocorre com certas doenças que afloram devido à queda das defesas do organismo.
Essa insatisfação reflete a falta de perspectiva real, imortal da sociedade nominalmente espiritualista, mas que se envolve deliberadamente no sexualismo, no consumismo e na falta de perspectiva.
Esse materialismo solapou a religião, destruiu a estrutura familiar antiga e precipita a sociedade no jogo perigoso do desejo e do prazer.
Essa análise é mais ou menos unânime nos textos e discursos religiosos. Neles as religiões se escusam de qualquer culpa, pois se mantém como sempre foram.
É mesma coisa que pais que dão péssimos exemplos e quando os filhos se transviam alegam que a culpa é deles, das más companhias, do consumismo, enfim, nada com eles mesmos.
Como compreender a sucessão dos fatos que derrubam antigas ordenações morais
Por que o materialismo é tão sedutor?
Por que a porta da perdição é larga?
Na atual crise econômica o que menos se fala é em ética. Mas fundamentalmente ela decorre da ganância, da esperteza, da deliquencia de colarinho branco que corrompe as estruturas sociais.
Todavia poucas vozes se levantam para apontar essa falha básica, que não apenas do capitalismo, mas de todos os regimes e ideologias.
Tenta-se remendar com trilhões de dólares. A questão ética fica de lado até na crista da crise, quando nos Estados Unidos, foram pagos bônus milionários a executivos, mesmo tendo o dinheiro origem pública.
Seria demais apontar o fracasso das religiões como causa básica do avanço do materialismo?
O que pede a sociedade moderna?
A sociedade moderna olha para o que diz a ciência. A ciência se define como materialista, no sentido de restringir seu campo de atuação, no caso do ser humano, ao corpo.
Aqui, no corpo, estaria a base de tudo. A neurologia pretende responder a todas as perguntas sobre o comportamento através de complicadas explicações das funções cerebrais descartando qualquer natureza espiritual do ser humano.
Então, a religiões – católica, evangélica ou espírita - fazem de conta que nada mudou, que seus fundamentos continuam intactos, que o comportamento humano derivados das necessidades, desejo, desvios, seja do que for, está errado e que o único caminho é retornar aos roteiros por elas estabelecidos.
Todas essas religiões são cristãs. Isto é, estão baseadas no modelo criado pela Igreja nos primórdios da era cristã e que, estão comprovadamente falhos, incapazes de entender a natureza do ser humano e de dar uma diretriz objetiva para sua vida.
Vivem de rituais, de discursos repetitivos.
A verdade é que as religiões em toda a história são movimentos organizados para exercer o poder.
Promovem a fé, mas não a espiritualidade.
Desprovidas do poder real patinam em doutrinações que não questionam a natureza das emoções, medos e insatisfações do ser humano.