sábado, 15 de outubro de 2011

A Sobrevivência das Comunidades Espíritas no Século XXI - Junior da Costa Oliveira

Nestes últimos 30 anos, convivendo em instituições espíritas, constatamos que o modelo em vigência é o mesmo do século passado, com raras exceções. Quais as razões do modelo atual estar alicerçado em pilares que nada contribuem para o desenvolvimento da casa espírita, em pleno século 21?

Se tirarmos uma fotografia atual das entidades, encontraremos o seguinte esquema de trabalho: reuniões ao longo da semana sem interação entre seus frequentadores que, geralmente, participam de uma ou duas reuniões da casa durante o período semanal, omitindo-se das demais. Observaremos, ainda, reuniões que não privilegiam os estudos espíritas, prevalecendo a experiência prática dos elementos mais velhos para implantação de trabalhos, com resultados pouco produtivos e repetitivos ao longo dos anos. Há também a falta de comprometimento das pessoas em assumir novas tarefas objetivando o fortalecimento do grupo e da própria casa espírita. Na mediunidade, não há avaliações de pessoas e conteúdo, a fim de que o trabalho possa ter melhores resultados. Por fim, há a falta de intercâmbio entre as casas espíritas visando trabalhos em conjunto nas diversas áreas de atuação dos centros.

Pensando sobre o tema proponho estabelecer novos paradigmas na casa espírita, como aproximar todos os frequentadores com seus dirigentes, por meio da apresentação dos trabalhos desenvolvidos na semana, informando coordenação, pauta e horário. Também distribuição de questionários, com a proposta de inserir estas pessoas em algum campo da casa.

No campo doutrinário, no começo de cada ano, sugiro reuniões específicas para elaboração de temas, eleição de coordenadores, apresentação dos trabalhos e seu desenvolvimento. Importante também é a criação de contatos com outras casas espíritas, buscando interação de trabalho e, principalmente, integração de dirigentes, com visitas mútuas. Outro ponto é o marketing e o desenvolvimento de pautas para elaboração de eventos da casa espírita, sejam eles internos ou externos, além da utilização da Internet. Também o trabalho voluntário e o desenvolvimento de uma reunião que englobe Centro/Mocidade/lnfância Espírita.

Ainda neste campo, devem ser estabelecidos critérios para coordenação de trabalhos doutrinários e para ocupação de postos de direção na casa espírita. Para trabalhos de coordenação, vejo a necessidade de, pelo menos, dois anos de estudos doutrinários para que se possa assumir postos de direção.

É importante a troca de experiências (positivas ou negativas) entre as entidades espíritas, inclusive as apresentando em outros centros. Também a criação de um plano de sucessão para coordenadores e membros da diretoria, além da criação de "Planos de Gestão", a fim de qualificar pessoas para dar continuidade aos trabalhos da entidade espírita.

Este é apenas um exercício de pensar positivamente para a melhoria dos nossos centros espíritas.

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